Total de visualizações de página

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O PARADOXO DE NOSSO TEMPO


O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos; auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreito; gastamos mais e temos menos; compramos mais e desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências e menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento e menos poder de julgamento; mais proficiência, porém mais problemas; mais medicina e menos saúde.
Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, dirigimos rápido demais, nos irritamos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV, dificilmente oramos.
Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita freqüência. Aprendemos como ganhar a vida, mas não a vivemos. Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas esquecemos de acrescentar vida à extensão de nossos anos.
Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade para atravessar a rua e nos encontrarmos com nosso novo vizinho. Conquistamos o espaço exterior, mas não nosso espaço interior. Fazemos coisas maiores, mas não melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma. Dividimos o átomo, mas não os preconceitos.
Escrevemos mais e aprendemos menos. Planejamos mais e realizamos menos.
Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência.
Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral. Temos mais comidas, mas menos apaziguamento.
Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação. Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.
Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta; de homens altos e caráter baixo; de lucros expressivos e relacionamentos rasos. Estes são tempos em que se almeja paz mundial, mas perdura a guerra nos lares; temos mais lazer, mas menos diversão; maior variedade e tipos de comida, mas menos nutrição.
São dias de viagens rápidas; ficadas de uma só noite; de corpos acima do peso; de pílulas que fazem de tudo: alegrar, aquietar, matar; de fraldas descartáveis e moralidade idem.
É um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo em que a tecnologia pode levar-lhe estas palavras e você pode escolher entre fazer alguma diferença, ou simplesmente apertar a tecla Del...