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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

To fora...

Com certeza eu e você conhecemos o tipo eterno-arrependido. São aqueles que deviam montar um empresa de adubos, pois fazer merda é o mais comum para eles. Eles se metem em todas as confusões, aprontam todos os escândalos e no fim são sempre as vítimas, nunca têm culpa no cartório e tudo o que foi feito não passou de brincadeira. Acontece que a vida não é um playground e o destino de todos os brinquedos é o mesmo: um dia a gente cansa, joga fora e troca por algo mais maduro, mais construtivo. Então, é hora de crescer!

Não tem nada mais chato do que alguém que a cada dois dias te pede perdão pelo que fez. Ei, meu caro! Não se desculpe por tudo, não peça perdão ao mundo, apenas não erre! Não que errar seja pecado, mas só errar é sim mais um de seus erros. Tente acertar. Depende mais de você do que de mim. Te garanto que, no final, sua coletânea de erros, encalhada na estante das pessoas que ninguém notou, vai doer muito mais em você do que em mim. Pára de se fazer de vítima e aprenda que toda ação tem uma reação, e que a consequência é o salário chato para as atitudes equivocadas que você tiver na vida.

Agora, também não vou deixar de dizer algumas palavrinhas: vá, não siga em frente, siga para trás, que para frente não se caminha sendo assim. As escolhas são o que nos fazem, então honre as suas e torne-se alguém um pouco melhor do que esse ser medíocre que se tornou. Vamos lá, você pode mais, você não merece mais, mas o mundo merece! Melhore, pelo menos por aqueles que você chama de amigos. Deixa de ser essa Madalena arrependida, porque este daqui há tempos não se arrepende. Aliás, me arrependo sim, do dia em que te conheci e da hora em que te elevei ao posto de amigo. Rebaixo-te agora a ex. E ex são os novos nomes que inventamos para fingir que ainda damos atenção àqueles com os quais um dia, equivocadamente, nos importamos.


"Existem dois tipos de pessoas más: as que fazem maldades e as que vêem os outros fazendo maldades e preferem não impedir"
(Meninas Malvadas - 2004

Tudo mentira....


Dizem que o tempo é rei e que um dia a gente esquece tudo, amores, desamores e o escambal. Se o tempo é mesmo rei, eu nunca pertenci à monarquia. Ainda acho que há muita coisa que nem o tempo é capaz de apagar, nem com a toda a pompa de sua coroa. Acho que o tempo ameniza, sufoca, mas não apaga.

No entanto, a ilusão do "com o tempo vai passar" é confortável, uma boa muleta para voltar a caminhar pela estradas incertas dessa vida ainda mais incerta. Há dias em que penso que o caminho seria voltar no tempo e deixar de conhecer certas pessoas, aquela pessoa, que te tira o sono, que te faz perder a fome e por quem a lágrima insiste em cair. Mas não dá. Não posso.

A saída é mesmo mudar: reciclar as atitudes primeiro (nunca mais ligar, deixar aquela música de lado, etc); depois ver que o sentimento se transforma; e, enfim, tentar esquecer, para deixar de sofrer todo dia. Sofrer?! Risquei a palavra sofrer da minha agenda, amar eu ainda deixei, a lápis, qualquer coisa o tempo apaga...

Saudações a toda memória triste, digna de esquecimento, mas que nos fez e faz mais fortes do que nunca! Quem não tem o que deseja esquecer não deve ter muito do que lembrar.

Tudo que eu nao te disse

Oi! Como está a vida? Eu estou bem, mas você eu não sei.
O fato é que não sei mais muito sobre você, mas ainda sei muito sobre mim. Parece que tudo passou, não te vejo mais e a saudade, traduzida em um aperto aqui no coração, me lembra de tudo, de tudo que eu não te contei.
Eu pensei que havia sido claro, mas parece que não. Metáforas não funcionam quando precisamos falar do invisível. Metáforas são boas para se falar do óbvio, por isso acho que falhei! Falhei porque não disse tudo com clareza, me perdi pelo medo do não-correspondido e declarei sem declarar o amor que eu já não esperava que você percebesse.
Presentes, poemas, músicas, não são suficientes, quando se precisa dizer na cara o que sentimos. Hoje, confesso que pensei em você.
Lembrei de tudo, de tudo o que eu pelo menos vivi, senti saudade e pensei em como seria a vida, a vida que a gente não viveu. Acho que você não notou ou se notou, não me tocou, talvez, não quis me magoar, apesar de ter me machucado da mesma forma. Nem a amizade ficou.
Tudo bem, assumo que sobrevivi, assim, mesmo que um pouquinho mais infeliz do que eu era antes. É que até a tristeza era mais feliz ao seu lado. Amores novos nos levam pedaços velhos que nunca mais encontraremos.
Isso é só uma parte, trechos de tudo que eu não te contei. A vida é feita de escolhas e lamento, mas encaro que você não me escolheu. O que posso fazer? Seguir em frente.

E hoje, em que meu coração sente sua falta e meus dias se acostumaram sem você, quero apenas lhe desejar bom dia, ou melhor, uma boa vida! Sem mim, sem nós...