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sábado, 24 de janeiro de 2009

Agora sou Protagonista...


"Nos filmes e na vida existem dois papéis: o do protagonista e o do coadjuvante.

Por algum motivo você está sempre se deixando tratar como a melhor amiga" (O amor não tira férias - 2006).
Foi esta frase, esta que me fez pensar. Quantas vezes a gente se sujeita às coisas e não faz nada para mudar?

Tem razão quem diz que as pessoas nos tratam do jeito que nós permitimos que elas nos tratem. E aí vem outra frase: "Muito da aflição do mundo vem de pessoas que são de um jeito, mas se deixam tratar de outro" (Ensina-me a viver - 1971).

Sei que já faz tempo, sei que sinto saudade, mas vai ser melhor assim. Nasci para ser protagonista, não coadjuvante. Não piso em palcos onde o show não é o meu. Então, você me pergunta, por que passei tanto tempo atrás da cortina? Eu precisava ensaiar. Só que agora é hora da estréia, e eu também vou arranjar outro alguém para contracenar e não é você (é, ainda me pergunto por quê?).

Mesmo assim, quero agradecer por ter passado o texto tantas vezes comigo, me dado a melhor trilha-sonora, a mais precisa história e escolhido nunca estrear.

Obrigado, você me ensinou em que peça, em que palco e em que companhia eu não mais pretendo estar.

"Cooooooooorta!".

Agora, pode aplaudir...
Oi! Como está a vida? Eu estou bem, mas você eu não sei.
O fato é que não sei mais muito sobre você, mas ainda sei muito sobre mim. Parece que tudo passou, não te vejo mais e a saudade, traduzida em um aperto aqui no coração, me lembra de tudo, de tudo que eu não te contei.
Eu pensei que havia sido claro, mas parece que não. Metáforas não funcionam quando precisamos falar do invisível. Metáforas são boas para se falar do óbvio, por isso acho que falhei! Falhei porque não disse tudo com clareza, me perdi pelo medo do não-correspondido e declarei sem declarar o amor que eu já não esperava que você percebesse.
Presentes, poemas, músicas, não são suficientes, quando se precisa dizer na cara o que sentimos. Hoje, confesso que pensei em você.
Lembrei de tudo, de tudo o que eu pelo menos vivi, senti saudade e pensei em como seria a vida, a vida que a gente não viveu. Acho que você não notou ou se notou, não me tocou, talvez, não quis me magoar, apesar de ter me machucado da mesma forma. Nem a amizade ficou.
Tudo bem, assumo que sobrevivi, assim, mesmo que um pouquinho mais infeliz do que eu era antes. É que até a tristeza era mais feliz ao seu lado. Amores novos nos levam pedaços velhos que nunca mais encontraremos.
Isso é só uma parte, trechos de tudo que eu não te contei. A vida é feita de escolhas e lamento, mas encaro que você não me escolheu. O que posso fazer? Seguir em frente.

E hoje, em que meu coração sente sua falta e meus dias se acostumaram sem você, quero apenas lhe desejar bom dia, ou melhor, uma boa vida! Sem mim, sem nós...